Desde 25 de novembro que os Carteiros de Rio Maior estão em luta, reivindicando melhores condições para fazerem o seu trabalho, que passam por mais recursos humanos e meios de distribuição do correio.
“Não pedimos mais dinheiro, pedimos mais 4 colaboradores e 4 carrinhas, pelo menos”. Esta é a principal exigência destes trabalhadores, e que não é de agora, para fazer face aos mais de 15 000 objetos (cartas e volumes) acumulados no Centro de Distribuição Postal de Rio Maior.
Os giros (percursos) são humanamente impossíveis
Com “giros (percursos) atribuídos aos Carteiros e que são humanamente impossíveis de fazer”, estes objetos postais, essencialmente cartas de cobrança da água, de eletricidade e gás, comunicação da segurança social e das finanças, vão-se acumulando e não são distribuídos a tempo e horas.
Ouvida a empresa CTT, esta reiterou que “o CDP [Centro de Distribuição Postal] em causa [Rio Maior] tem uma dotação de colaboradores acima das suas necessidades identificadas”, e que “existem diferentes prazos para as várias tipologias de correio”, o que não significa assim que “estes objetos estejam a ser entregues com atraso”.
Os Carteiros alegam que a empresa “gere a situação para esconder o verdadeiro problema”, afirmam que o CDP de Rio Maior precisa urgentemente de mais 4 colaboradores e mais 4 carrinhas, estando até “prometidas até 9 de novembro”, e que não chegaram.
População queixa-se do atraso da distribuição do correio
Na opinião pública, um pouco por todo o Concelho de Rio Maior, as queixas da população avolumam-se quanto aos atrasos na distribuição do correio, havendo até localidades que “estão 15 dias sem ver o Carteiro”.
O tema até já foi mencionado por várias vezes nas reuniões de Câmara, sendo o próprio Município uma das “vítimas” dos sistemáticos atrasos postais.
Os carteiros cumprem a sua greve diariamente, nas 2 primeiras horas do serviço (7h30 às 9h30) até ao dia 6 de dezembro, tendo deslocado também o seu local de protesto da Praça da República (Rio Maior) para a Rotunda do Mineiro, junto ao Pavilhão Multiusos.
O objetivo é aumentar a exposição do seu problema, para “despertar a consciência e o apoio da população, que são os principais lesados por esta situação”, aproveitando todo o movimento matinal na Av. Mário Soares e R. Marechal Humberto Delgado, junto a hipermercados e escolas.