Faleceu Casimiro Fróis Ferreira que Rio Maior se habituou a associar às Salinas de Rio Maior, e à Cooperativa dos Salineiros.
Nascido a 11 de março de 1928, “aos 10 anos de idade, já ajudava o pai nas salinas e ali se manteve até aos 83 anos. Conheceu bem a dureza de trabalhar o sal, sobretudo quando tudo era feito de modo manual, apenas com recurso à força física dos salineiros, e os ganhos obtidos com a venda eram pouco compensadores”, como está escrito na página online da MemóriaMedia.
Até 1979, a gestão das salinas era privada, sendo o trabalho de extração e venda do sal realizado sob a responsabilidade dos diferentes proprietários dos talhos, quer diretamente, quer através de salineiros rendeiros, com quem repartiam parte da produção.
Nesta data, devido à dificuldade de escoamento do sal e consequente abandono e degradação de alguns dos talhos das salinas, foi fundada a Cooperativa Agrícola de Produtores de Sal de Rio Maior.
A primeira Direção, datada de 9 de Junho de 1979, foi composta por João Afonso Calado da Maia, como Presidente, Fernando António Duarte, como Secretário, Albino Bernardino Vargas, como Tesoureiro, e Casimiro Fróis Ferreira e João Faustino Henriques, como Vogais.
Dois anos depois entenderem que a gestão da Cooperativa devia ser exercida por alguém mais “ligado ao sal e à vida de salineiro” e Casimiro Ferreira entra em cena, assumindo a Direção.
Retirou-se 30 anos depois, em 2011, momento em que também foi homenageado, juntamente com Calado da Maia.
Casimiro Ferreira, segurando a salva de prata, ao lado de João Calado da Maia
“Ganhei amizade às salinas (…) ainda vou lá todos os dias!”
“Ganhei amizade às salinas (…) ainda vou lá todos os dias!”, declarou nos seus 92 anos.
Faleceu esta manhã, “serenamente” segundo a família, no Lar Dr. Calado da Maia, em Rio Maior, onde se encontrava. Tinha 96 anos.
O corpo encontra-se em câmara ardente nas Capelas Mortuárias da Misericórdia de Rio Maior, realizando-se o funeral amanhã, dia 22, às 10h30, na Igreja da Misericórdia de Rio Maior.
Logo após a celebração das cerimónias religiosas, sai o cortejo fúnebre e o corpo vai a cremar no Crematório de Santarém.
Aos familiares e amigos o Região de Rio Maior endereça as suas condolências.
Aqui, numa reportagem da Gazeta Regional, de Rio Maior, com o Diretor Dr. Neuparth Vieira, de 25 de dezembro de 1960, aquando da inauguração da luz elétrica em Casal Calado e Fonte da Bica, onde Casimiro Ferreira (aos 32 anos) discursou em nome da população. Artigo recolhido por Júlio Ricardo Lopes
[Imagens e fonte: Sal Sem Mar Sempre, Notícias do Ribatejo, página facebook de Casimiro Fróis Ferreira]