Folhas Erguidas é um grupo de “pessoas das mais diversas áreas do conhecimento e profissões” que se juntou para defender o “Túnel Arbóreo da Senhora da Luz”.
Entre Santarém e Caldas da Rainha, na Estrada Nacional nº 114 (EN 114), a Infraestruturas de Portugal (IP) tem vindo a abater árvores, nas bermas, alegando a segurança rodoviária e o estado de saúde dessas árvores.
Só em Rio Maior, foram já várias centenas ao longo dos troços desta via no território do Concelho, sobretudo nas freguesias de São João da Ribeira e Ribeira de São João, e Rio Maior.
Folhas Erguidas pediram respostas que não chegaram
São 200 árvores incluindo carvalhos e sobreiros
Agora, está prevista nova intervenção no troço que atravessa as “Bocas do rio Maior” e a localidade da Senhora da Luz (Rio Maior) e os Folhas Erguidas têm interpelado o Instituto da Conservação da Natureza (ICNF), a IP e o Secretário de Estado das Infraestruturas para que “façam a manutenção” em vez de “cortarem árvores centenárias”.
Segundo os Folhas Erguidas, até ao momento não houve qualquer resposta.
“São quase todas estas árvores, nomeadamente as mais monumentais, que a IP quer cortar na zona da Senhora da Luz, no Concelho de Rio Maior. À volta de 200 árvores marcadas, incluindo grandes carvalhos e sobreiros centenários”, afirmam no seu Blogg (folhaserguidass.blogspot.com).
Já em outubro deste ano o grupo fez uma romagem ao “Túnel Arbóreo da Senhora da Luz”, tirou medidas e fez registos das árvores existentes e afirmou que iria interpor uma Providência Cautelar contra o seu abate.
Naquela altura, a IP suspendeu os trabalhos e iniciou um processo de consultas, pedindo Pareceres a outras entidades, como o ICNF.
O assunto tem sido falado na Câmara de Rio Maior, com o Presidente da Câmara a alegar que nada pode fazer uma vez que a IP o informa de que está a “cumprir a Lei”.
Em 2021, quando o corte de árvores foi equacionado na localidade de Boiças (Rio Maior), o assunto foi levantado na Câmara, terá havido um contacto com a IP, e esta foi sensível cortando apenas infestantes e eucaliptos, sendo preservados os icónicos cedros que há décadas lá se conhecem, o que parece não ser agora o caso.
Perante a falta de respostas da IP, do ICNF e do Secretário de Estado, os Folhas Erguidas insistiram nos pedidos de informação junto daquelas entidades e apelam agora também à população.
»É preciso parar a Infraestruturas de Portugal!” é o apelo que fazem através de um folheto informativo que têm vindo a distribuir:
[Imagens: Folhas Erguidas]