Sim, a terra tremeu

Pouco passava das 21h00 deste Dia de Natal quando alguns dos moradores da Av. Paulo VI, no centro de Rio Maior, já davam o “alerta” de que móveis, loiças e portas haviam tremido lá por casa.

Com epicentro a 12 kM a Nordeste de Vendas Novas, Alentejo Central, foi no concelho de Montemor-o-Novo que mais se fez sentir, embora sem quaisquer prejuízos materiais ou humanos a reportar.

Disseminando-se pela bacia do Tejo, neste dia de Natal, fez-se sentir também em Rio Maior, chegando a Leiria.

De intensidade 4.0 na escala de Richter, com registo oficial às 21h02, ocorreu numa zona menos provável para terramotos.

É a região de Lisboa e arredores, o Norte da costa alentejana e o Algarve que, em observância das falhas sísmicas e histórico de sismicidade, são as zonas mais sensíveis a terramotos.

Bem próximo de nós, são as Estações Sísmicas de Santarém, Pragança (Cadaval – sopé da Serra de Montejunto) e Caldas da Rainha, que fazem os registos de atividade sísmica, e todas elas “sentiram o chão a tremer”.

O ano de 2023 tem sido bastante ativo, e só no passado mês de setembro Portugal registou em 3 dias, pelo menos, seis sismos com magnitude igual ou superior a 2 na escala de Richter.

O mais forte, de 3,9, ocorreu no Algarve e a partir daí os abalos estenderam-se para norte ao longo do continente.

Toda esta atividade sísmica registada ao longo deste ano é normal, uma vez que os sismos ocorrem “infra-placa” o que quer dizer que não são devidos ao movimento entre duas placas tectónicas, o que a ser assim seria mais grave.

[Imagens: IPMA, Google]

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